de Cecílio Purcino
O poema é a expressão matemática
Mais bela que já vi em toda minha vida.
Com ele podemos somar amores, subtrair rancores,
Multiplicar amizades e dividir felicidades.
Podemos montar a inércia de nossa vida estática,
Calcular a força centrípeta que age dentro de nós,
Acharmos as coordenadas da reta que devemos
Seguir na vida e na morte, contudo após a morte,
E multiplicarmos as juras de amor e promessas compostas.
Ele é o desconto não contado de uma vida não falada,
É a taxa equivalente de nós que desatam em
Funções modulares do ser imutável de
Áreas e volumes constantes que somos.
É o produto notável de uma relação
Métrica entre dois amores.
É a teoria de todos os conjuntos e todos os rancores,
É a lei de ação e reação,
A força normal da mais
Normal força atraente dos corpos.
São as leis de Newton se expressando
De várias maneiras do momento.
O poema,
É o triangulo amoroso entre a, b e c,
O anseio de uma hipotenusa,
A somatória de alguns catetos,
O multiplicar de nossos dedos
E o entrelaçar de nossas mãos.
É a visão exponencial de cada sentimento,
A relação entre corpos,
A razão entre o desejo e a vontade,
A álgebra momentânea de todos demonstrados
Nas mais raras expressões geométricas.
É quando fatoramos os limites do
Nosso consciente ciente de tudo que
Há entre nós e retalhos
E derivamos nossos problemas até dar zero.
É a matriz quadrada de inúmeros desejos,
Equações do primeiro, segundo,
Terceiro grau até aos quarenta de febre,
Fogo de viver, de se expressar em forma
Mitológica através dos cálculos cartesianos.
É o binômio afetuoso de Newton e Beatriz, Tales e Pitágoras
É Bhaskara, regra de três, de dois
E até de um pensar mais simples.
É vida somada,
É a fúria multiplicada,
É dúvida dividida,
É Amor no quociente,
É a grande esfera da vida dimensionada
Em uma escala de tempo sem fim.
domingo, 23 de maio de 2010
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