segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dias normais

de Cecílio Purcino

Me lembro de ter passado
Por essa rua esses dias.
Tudo estava como esta agora,
Calmo como uma lembrança.

As pessoas nas ruas,
Crianças correndo,
E os idosos a reclamar
Do irreclamável.

Nos bancos,
Beijos soltavam seus estalos,
Nos gramados,
O violão acompanhava os jovens.

Éh! pelo que vejo, aqui em Portugal
todo dia é assim:
Tudo muito tranquilo e sereno.
Menos o meu coração abrazado
pela saudade dos ares
que no Brasil deixei.

Arrebenta pulmão de carne osso
Que não quer parar de respirar.

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