segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Uma garrafa vazia

De Cecílio Purcino

Uma rolha, "Muralhas de Monção"
Tampa a garrafa de vinho
Que esta sobre a mesa de jantar.

A garrafa, ali, imóvel sobre
A luz da lua, já não lhe cabe
Mais nada.
Nada mais.
Não tem sumo,
Não tem vinho,
Só sangue talvez.

Tudo já foi bebido, provado
E jogado fora...

Lá dentro da garrafa
apenas o ar,
Aquele mesmo daqui fora.

E lá dentro,aprisionado pela rolha
O ar briga
Com todas as forças da natureza.

Um dia, o tempo acabará com a rolha,
Acabará com o vidro, acabará com tudo,
E o ar que está lá dentro da garrafa se
Libertará tornado tufão
E soará livrimente pelo espaço que tanto busca.

Oh! E disso é que já me sabia,
Desdo do primeiro momento que comprei a garrafa,
Desde o primeiro momento que consumi o vinho e
Desde o momento que vi.

Que o ar estava sufocado
Dentro da garrafa tampada pela rolha
"Muralhas de Monção".

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