De Cecílio Purcino
Uma rolha, "Muralhas de Monção"
Tampa a garrafa de vinho
Que esta sobre a mesa de jantar.
A garrafa, ali, imóvel sobre
A luz da lua, já não lhe cabe
Mais nada.
Nada mais.
Não tem sumo,
Não tem vinho,
Só sangue talvez.
Tudo já foi bebido, provado
E jogado fora...
Lá dentro da garrafa
apenas o ar,
Aquele mesmo daqui fora.
E lá dentro,aprisionado pela rolha
O ar briga
Com todas as forças da natureza.
Um dia, o tempo acabará com a rolha,
Acabará com o vidro, acabará com tudo,
E o ar que está lá dentro da garrafa se
Libertará tornado tufão
E soará livrimente pelo espaço que tanto busca.
Oh! E disso é que já me sabia,
Desdo do primeiro momento que comprei a garrafa,
Desde o primeiro momento que consumi o vinho e
Desde o momento que vi.
Que o ar estava sufocado
Dentro da garrafa tampada pela rolha
"Muralhas de Monção".
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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