domingo, 31 de janeiro de 2010

Cinzas do amor

de Cecílio Purcino

Em um quarto escuro
Me deparo com as melhores lembranças,
De um amor conjugado pretérito
E é por esse pretérito amor que vago pelas noites
A tentar voltar para vida e não consigo
As lembranças são mais fortes, mais felizes.

O controle que não tenho sobre elas
É o mesmo que o cotidiano tem sobre mim,
A luz da noite não consegue penetrar sobre meus olhos,
Eles não vêem a vida que tanto via
Mas sim a claridade significativa desse quarto escuro.

Quatro paredes e um espelho
E um reflexo que não conheço
Eu já não era mais o mesmo
Não tinha a fogueira da paixão
Só as cinzas consumadas.

E depois de horas,
Ainda só cinzas e mais cinzas.

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